O pesquisador da USP revela que o aumento da temperatura está ligado a 5,7% das mortes na América Latina
As altas temperaturas estão vencendo recordes em todo o mundo e o calor só aumenta. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2024 foi o ano mais quente em 174 anos, com um aumento global de 1,4 ° C acima da média.
Com o tempo mais quente, o número de pacientes com sintomas de doença cardiovascular e respiratória também cresce.
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O aumento do calor foi acionado por gases de efeito estufa, como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso que atingiram níveis históricos. Embora as causas sejam globais, os efeitos são sentidos mesmo em pequenas cidades.
Cidades intensas feitas pelo calor registram mais de 40ºC
Meleiro, no sul de SC, registrou 41,1ºC em 11 de fevereiro (foto: divulgação)
Criciuma, também no sul de SC, registrado no mesmo dia a temperatura de 40,6ºC (foto: redes sociais, reprodução)
Sombrio tinha 40,1ºC no mesmo dia (governo SC, divulgação)
Jacinto Machado registrou temperaturas de 40ºC (Foto: Destino 360, Prefeitura de Jacinto Machado)
Temperatura registrada em Gravatal (SC) logo abaixo de 40ºC, a cidade atingiu 39,5 ° C em 11 de fevereiro (foto: divulgação)
O calor extremo pode ser fatal
O calor intenso causou muitas mortes em todo o mundo. De acordo com um estudo publicado na Nature Medicine, cerca de 6% das mortes nas cidades da América Latina são causadas por temperatura extrema.
Pesquisas indicam que as doenças cardiovasculares e respiratórias são agravadas pelo calor, especialmente afetando crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
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Como o corpo reage ao calor
O fisiologista Maria Gorete Teixeira Morais explica: “Quando estamos expostos a um estresse térmico, o corpo reage imediatamente”. A primeira resposta corporal é suar, um mecanismo natural de resfriamento.
Mas em regiões úmidas como a Amazônia, “há uma dificuldade em eliminar essa temperatura”. Já em áreas secas, como o nordeste, “as ondas de calor dificultam a resfriamento do corpo”, explica ele.
Por que os problemas cardíacos aumentam no calor?
O calor extremo aumenta a viscosidade do sangue, favorecendo a formação de coágulos. “Nosso sangue fica mais espesso, trazendo uma carga adicional ao coração”, alerta Maria Gorete.
Pessoas com insuficiência cardíaca podem sofrer arritmia e outras complicações, pois o coração precisa trabalhar mais para dissipar o calor do corpo.
Impactos na respiração e imunidade
A umidade do ar interfere diretamente na saúde respiratória. “Em lugares secos, há uma secura importante do nariz e da mucosa na boca, danificando a barreira protetora contra vírus e bactérias”.
Além disso, o calor favorece surtos de doenças infecciosas, como a dengue, fazendo o controle de locais de reprodução no mosquito Aedes aegypti.
Como se proteger de calor extremo
Especialistas dizem que medidas simples podem ser uma grande contribuição para a prevenção de problemas graves de saúde cardiovascular e respiratória.
- Mantenha -se hidratado: beba água regularmente, mesmo sem sentir sede.
- Evite a exposição ao sol: prefira lugares frescos e sombreados.
- Use roupas leves: os tecidos leves e leves ajudam na regulação térmica.
- Cuide dos alimentos: consuma refeições leves e evite alimentos quentes.
- Proteja -se quando partir: use protetor solar, chapéu e óculos de sol.
Adapte sua casa e rotina ao calor
Até em ambientes fechados, é importante se proteger. “Não deixar os lares abafados ou totalmente aberto ao sol” é essencial para manter a temperatura equilibrada.
Ambientes de ventilação, tomando banhos frios e evitando aglomerações também ajuda a reduzir os impactos do calor intenso.
O calor extremo não é apenas um incômodo, mas um risco real para a saúde. Medidas simples, como hidratação e evitar o sol forte, podem fazer toda a diferença.
Com pequenas mudanças na rotina, é possível se proteger dos efeitos do calor e garantir mais bem-estar nos dias quentes.