O agronegócio cobra um plano de colheita consistente para o setor continuar crescendo com sustentabilidade
A surpresa com a falta de recursos para o Plano 2024-2025 revelado pelo Tesouro Nacional na semana passada, embora parcialmente fornecido com a liberação imediata de R$ 4,15 bilhões, motivou a reação do agronegócio brasileiro. Na terça-feira (25), 50 entidades comerciais (veja a lista no final deste artigo) representando os setores mais diversos da Agro publicou uma carta que cobra um plano de colheita que garante recursos suficientes para o setor.
– A interrupção inesperada das linhas de financiamento gera incertezas que afetam negativamente a produção e a economia do país. É crucial que o plano de culturas tenha recursos suficientes para atender às necessidades de pequenos, médios e grandes produtores. O volume de recursos deve estar à altura da importância do agronegócio brasileiro que representa uma parte importante do PIB e desempenha um papel essencial no país e no suprimento de alimentos do mundo – destaca a carta assinada pelas entidades.
Um dos que participaram da elaboração da publicação foi o produtor de Santa Catarina Escori Barbieri, vice -presidente da Associação Brasileira de Produtores de Milho (Abramilho) e prefeito do milho do Ministério da Agricultura.

A falta de recursos ocorreu porque o aumento de 13,25% ao ano aumentou o custo de equalização de juros para o setor e faltava recursos a pagar porque, quando o plano foi anunciado, o interesse era de 10,5% ao ano.
De acordo com Barbieir, os R$ 4,17 bilhões liberados serão suficientes para terminar o plantio da colheita de milho, uma pequena parte que está faltando no Centro -Oeste e em outras regiões. Mas serão necessários mais recursos este ano, porque esse plano de colheita ocorre até junho.
– O governo federal financia apenas parte da produção nacional, cerca de um terço da colheita. A partir dos terços da colheita, estão por comerciantes, grandes empresas que fornecem fertilizantes avançados e, pelo próprio produtor, faz a colheita com seus próprios recursos, sem buscar financiamento -este Barbieri.
Ele explica que a equalização do interesse acontece porque no plano de culturas do governo federal paga parte do interesse aos produtores, com porcentagens diferentes, dependendo do tamanho da propriedade. O pequeno produtor, que fatura até US $ 500.000 por ano, tem acesso à Pronaf, o que é mais acessível. Para esta colheita, como o interesse da Selic foi de pouco mais de 10%, a parte do produtor estava entre 4%e 5%. A outra parte que o governo pagou.
Para produtores médios, com acesso à linha de pronampe, os juros foram de 7% a 8% ao ano, com a outra parte paga pelo sindicato como equalização. E para o grande produtor, os juros são de 12%, mas também têm equalização da diferença. É por isso que ele enfrentou o governo federal.
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Segundo Barbieri, apesar dessas dificuldades, o Brasil deve colher uma grande colheita este ano. Milho, por exemplo, a projeção é de 130 milhões de toneladas nesta colheita. Desse total, a primeira safra, que inclui a região sul, produzida em 25 milhões de toneladas. Para a segunda safra, foi superior a 100 milhões de toneladas, plantadas em outras regiões do Brasil agora, até 10 de março, que usarão os fundos lançados nesta semana. Segundo ele, os preços agrícolas são acessíveis, o que o torna caro é o custo fora do portão.
Veja as 50 entidades que divulgam a carta defendendo um plano de culturas consistentes:
1. Associação brasileira de agronegócio
2. Associação de batata brasileira
3. Associação brasileira de criadores de porcos
4. Associação Brasileira de Criadores de Zebu
5. Associação brasileira da indústria de alimentos
6. Associação da Indústria para Fumulação Brasileira
7. Associação Brasileira de Máquinas e Indústria de Equipamentos
8. Associação Brasileira de Biogás
9. Associação Brasileira de Refrigeradores
10. Associação Brasileira de Indústrias de Petróleo Vegetal
11. Associação Brasileira de Indústrias de Pesca
12. Associação Brasileira de Indústrias de Tecnologia de Nutrição Plantada
13. Associação Brasileira de Indústrias de Exportação de Carne
14. Associação brasileira de proteínas animais
15. Associação Brasileira de Produtores e Benefriadores de Borracha Naturais
16. Associação brasileira de produtores e exportadores de frutas e derivados
17. Associação brasileira de produtores de milho
18. Associação brasileira de sementes e mudas
19. Associação brasileira de produtores de sementes de soja
20. Associação de criadores Mato Grosso
21. Associação de Desenvolvimento Pro-Industrial do Estado de Goiás
22. Associação de indústrias de processamento de cacau
23. Mixadores de associação de fertilizantes do Brasil
24. Associação Nacional de Produtores de Alho
25. Associação Nacional de Distribuidores de Agrícola e Veterinários
26. Associação de produtores de sementes Mato Grosso
27. Associação brasileira de produtores de soja
28. Associação de produtores de soja de Mato Grosso do Sul
29. Associação de produtores de soja e milho do estado de Mato Grosso
30. Associação de produtores de bioenergia de Mato Grosso do Sul
31. Bioenergia Brasil
32. Conselho de exportadores de café do Brasil
33. Associação Nacional de Exportadores de Junto Cítrico
34. Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil
35. CropLife Brasil
36. Federação da Agricultura do Estado de Paraná
37. Federação de plantadores de cana -de -açúcar no Brasil
38. Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso
39. Federação de Indústrias do Estado de Mato Grosso
40. Federação do Estado de São Paulo
41. Federação Nacional de Seguro Geral
42. Organização de cooperativas brasileiras
43. União Nacional de Empresas de Aviação Agrícola
44. União Nacional da Indústria de Alimentos para Animais
45. União Nacional da Indústria de Produtos de Defesa de Plantas
46. Sociedade Rural Brasileira
47. União da indústria de cana -de -açúcar
48. Organização de associações de produtores de cana -de -açúcar no Brasil
49. Associação Brasileira de Laticínios
50. Associação Brasileira de Indústrias de Juas Integrais