Conheça a cidade dos anões no Brasil, onde a maioria mede menos de 1,40 metros

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Mundialmente famoso, esta cidade do nordeste tem a maioria de seus moradores com estatura de crianças de cerca de oito

O anão em Itabaianinha é explicado por um fator genético. Foto: Reprodução/YouTubeO anão em Itabaianinha é explicado por um fator genético (foto: reprodução, youtube)

No coração de Sargipe, aninhado a quilômetros de Aracaju, é Itabaianinha, uma cidade que durante décadas ecoou em todo o Brasil e o mundo como a “capital dos anões”.

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Esse apelido peculiar não surgiu por acaso, mas pela concentração singular de residentes com nanismo, onde a maioria está abaixo da marca do metrô e centímetros de altura.

A história desta comunidade é uma fascinante entrelaçada de genética, isolamento geográfico, atenção da mídia e, acima de tudo, a resiliência de seus habitantes.

Por que a cidade tem tantos anões?

A alta incidência de anão em Itabaianinha tem suas raízes ligadas ao isolamento geográfico da antiga vila de Tramp.

Essa localidade, uma vez distante e com pouca interação com outras comunidades, viu uma linhagem com uma predisposição genética ao norfismo da hipófise, mais precisamente a deficiência de hormônio isolado (DIGH).

Estudos mostram que essa condição se espalhou principalmente por casamentos consanguíneos entre os residentes reversos, uma prática comum devido à falta de contato com indivíduos de outras regiões.

Essa endogamia aumentou significativamente a probabilidade de que as crianças herdem o gene recessivo responsável por DIGH, resultando em uma concentração notável de pessoas com essa condição.

Estima-se que existam aproximadamente oito gerações de anões em Itabaianinha.

DIGH: A marca genética de Itabaianinha

O tipo de anão predominante em Itabaianinha é hipófise, caracterizado por deficiência de hormônio isolado (DIGH). Ao contrário de outros tipos de nanismo, o Digh em Itabaianinha se manifesta com membros superiores e inferiores proporcionais ao corpo.

Os adultos com essa condição geralmente têm uma altura entre cento e cinco e cento e trinta e cinco centímetros, dando-lhes uma aparência corporal semelhante à das crianças de sete a oito anos.

A causa dessa deficiência está em uma mutação genética que impede a liberação do hormônio do crescimento, crucial para o desenvolvimento físico normal.

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Pesquisas indicam que a frequência fenotípica de Digh na aldeia do Reel se tornou uma para cada trinta pessoas, uma taxa extremamente alta em comparação com a média mundial.

O declínio da “cidade dos anões”: uma mudança demográfica em andamento

Nos últimos anos, a população anã em Itabaianinha apresentou uma diminuição significativa. Vários fatores contribuem para essa mudança demográfica:

  • Controle da natalidade: Maior informação e acesso a métodos contraceptivos influenciaram o tamanho das famílias.
  • Tratamento hormonal: A introdução e distribuição livre do hormônio do crescimento pelo Dr. Manuel Hermínio permitiu que muitas crianças e adolescentes com DIGH atingissem uma estatura maior, não se encaixasse na definição do anão. Valélia Santos da Fonseca, por exemplo, cresceu trinta centímetros de six após o tratamento hormonal.
  • Envelhecimento da população: Uma parte considerável da comunidade anã já está em idade avançada, o que naturalmente leva a um aumento no número de mortes.
  • Migração: A falta de oportunidades formais de emprego na cidade faz com que alguns anões optem por buscar melhores condições de vida em outros municípios.

Com a diminuição do número de pessoas com nanismo, surge a preocupação de que Itabaianinha não seja mais reconhecido como a “cidade dos anões”. Assim, a cidade não será mais a ‘cidade dos anões’ e se tornará uma cidade com anões, não diferir mais dos outros.

O legado duradouro da “capital anã”

A história de Itabaianinha permanece intrinsecamente ligada à de seus moradores com nanismo. Eles não apenas nomearam a cidade para o cenário nacional e internacional, mas também demonstraram resiliência, talento e uma busca constante por inclusão.

Mesmo com a transformação demográfica em andamento, os esforços para preservar a memória e reconhecer o legado dessa comunidade garantem que a história dos “pequenos cidadãos” de Itabaianinha nunca seja esquecida.

O título de “capital anão” pode acabar desaparecendo, mas sua rica história e contribuição para essas pessoas para a identidade de Itabaianinha permanecerão como um marco indelével.

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